Viagem da gotinha
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Cecília era uma simples Gotinha, nascida com o orvalho da manhã, num dia de inverno. Ela nascera feliz e radiante porque morava numa linda floresta, mas, começou a ficar triste e depressiva, ao se comparar com os animais e com tudo o que a cercava: achava que todos eram grandes e importantes, bem maiores do que ela e que cada qual tinha uma bela função a cumprir e que ela em nada poderia contribuir para com o bem‐estar e beleza do mundo em que vivia. Queria sentir‐se importante no Universo e começou a desvalorizar‐se a si própria, achando‐se insignificante, por ser uma simples gotinha de orvalho. Porém, o tempo foi mudando e ela iniciou seu ciclo na natureza, passando a outros estados da matéria, indo parar nas nuvens. Ali, conheceu outras Gotinhas, suas “parentes” e, juntas, desceram novamente à Terra, para realizar uma nobre missão. Em forma de chuva, divididas em equipes, realizaram muitas proezas: acabaram com a sede dos animais, das plantas, renovaram as águas dos rios. As Gotinhas eram bastante unidas e a divisão em equipes tornavam‐nas bastante eficientes na realização de suas tarefas. Ao descerem à Terra em forma de chuva, Cecília e sua equipe de gotinhas desceram exatamente em cima de uma semente de carvalho. E ela, aliada a novas gotinhas que iam chegando dia a dia, foi penetrando na semente, ajudando‐a a germinar. E assim, pouco a pouco, uma simples semente se transformou em uma das mais frondosas árvores da Floresta: o Carvalho, que fornecia sombra às pessoas, abrigo aos pássaros e proporcionava paz e beleza ao Bosque. Cecília ficou encantada porque percebeu que ela participara desse maravilhoso milagre da natureza e, então, descobriu o seu valor: apesar de ter iniciado sua vida como uma simples gotinha, ela contribuíra para que esse milagre acontecesse: ajudara a germinar uma semente, e só conseguiu realizar essa proeza porque contara com a união de outras gotinhas, tão pequeninas quanto ela. Descobriu, assim, que a união faz a força e que ninguém e nada neste mundo é insignificante: todos temos nossa missão na Terra, por mais pequenos que julguemos ser. O nosso valor consiste em descobrirmos e cumprimos a mais valiosa missão que viemos desempenhar em nossas vidas! E assim, descobriremos nossa felicidade.
Autor (a): Consuelo Pagani
Ilustrações: Potira Manhães